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domingo, 18 de novembro de 2012

blá... blá... blasfêmia!

Pode até parecer perseguição ou uma rixa qualquer, mas a questão da Laicidade do Brasil causa inúmeras discussões, principalmente hoje que o tema está amplificado e posto na mesa, e também o número de ateus ou de pessoas que simplesmente não temem questionar toda a questão religiosa até então posta (ou enfiada goela abaixo) da sociedade e que hoje sucumbe diante de um próprio desgaste natural, ao longo do tempo e também vai de encontro ao excesso de informação e conhecimento que as pessoas atualmente tem acesso e que não é nem um pouco favorável para qualquer controle religioso.
Já deu para perceber que faço parte deste grupo de pessoas, mas não venho aqui defender opiniões religiosas ou não religiosas; acho que isso vai além e mesmo com tanta discussão é algo muito particular. Cada um tem seus conceitos e sua religiosidade de uma forma. E a fé então; acredito, que cada ser humano é fonte inesgotável de fé. Mas algumas pessoas tem uma visão errada (a meu ver) quanto o que seja essa fé, ou em que ela é direcionada. 
Pois bem, o que chama a atenção nesta oportunidade, é a reação de alguns grupos quanto a questão da retirada da inscrição "deus seja louvado" das cédulas de real. E o que muitas pessoas, religiosas, enxergam é justamente a tal 'perseguição' quanto a religião ou o que quer que seja. Não entendem eles, neste e em outros temas, que esta é uma medida não de exclusão, mais sim de inclusão. Uma vez que não é possível incluir e mencionar TODOS os tipos de manifestações religiosas que existem no país, então que não faça menção a qualquer outro.
Ser um Estado Laico, não significa ser um país Ateu. Porém, uma 'maioria' cristã, também não nos faz todos cristãos. É preciso incluir e celebrar a diversidade característica do Brasil, e não segregar tudo aquilo que vai contra a minha opinião ou preferencia. 
Particularmente, me incomodam algumas atitudes e pessoas que usam a religião e principalmente a (boa) fé das pessoas para disseminar a intolerância e o que é pior e mais comum, extrair algum lucro, principalmente o financeiro.
Até porque, para se praticar o bem ou ser de bem, não é preciso estar dentro de um templo, ou igreja ou o que quer que seja. Nem te faz melhor ser desta ou daquela religião, ou não seguir nenhuma religião. Isso são apenas detalhes, que podem (ou deveriam) contribuir para o resultado final.
Afinal somos muito mais que isso. 





Detalhe, 'com a permissão de deus pai'do abaixo-assinado pró-PLEBISCITO para DECLARAÇÃO DO BRASIL COMO UM PAÍS CRISTÃO...

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"Abaixo-assinado Realização do Plebiscito - Brasil um País Cristão
Para:Presidente da República Federativa do Brasil - Congresso Nacional do Brasil - Supremo Tribunal Federal

Com a permissão de Deus pai todo poderoso criador do céu e da terra, pai de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador e do Divino Espírito Santo, 

Propomos:
Realização do Plebiscito - Brasil um País Cristão
Referendando sim, no interesse da maioria do povo brasileiro requeremos a alteração da Constituição declarando oficialmente o Brasil um país cristão.
Que a paz de Cristo esteja convosco.
Amém!
http://www.revolucaocrista.com.br
27/04/2012
Os signatários"
(Fonte: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N24045)
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Então, deixaremos de ser:
BRASIL. UM PAÍS DE TODOS.
Para nos tornarmos:
BRASIL. UM PAÍS CRISTÃO.

Eis a questão ! (?)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

APA SERRA SANTA HELENA - SETE LAGOAS/MG

Enfim... O começo!

Finalmente a APASSH foi regulamentada no último dia 13. Regulamentada (pois criada ela já havia sido, há tempos!). 
Acho que, ao contrário do que alguns pensam, isso infelizmente, não garante a proteção da área, mas sim regulamenta e impõe algumas condições para o uso da mesma. E que se essas condições forem contrariadas, impõe punições (multas, etc) sobre os infratores.
E é justamente aí que nasce a minha preocupação, pois já vi vários exemplos de agressões ambientais que não somente infringiam a lei por si só, mas também deixava de cumprir as penas acarretadas, como o pagamento de multas ou a recuperação das áreas. E isso é muito sério, pois é cultural neste país, que às vezes até compensa o ato de simplesmente burlar a lei!



"Segundo o artigo 15º a APA é definida como uma área “… em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológicadisciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.



Mas, é hora de comemorar . É uma vitoria dos cidadãos sete-lagoanos, e um exemplo de que quando nos mobilizamos em torno de alguma causa, corremos sérios riscos de sermos ouvidos e atendidos!

MOVIMENTE-SE!



Porém, é evidente que a Serra merece muito mais. Mais que leis, mais que qualquer coisa... Merece o nosso respeito e principalmente a nossa consideração. Todos nós precisamos exercer a responsabilidade que nos remente, quando se trata desse ou de qualquer outro patrimônio da nossa cidade. 
Ainda somos, e muito, displicentes e acostumados a reclamar ao 'léu', passando a responsabilidade aos outros e deixando de contribuir para as mudanças. A mobilização pela APA foi um respiro, para o marasmo da coletividade sete-lagoana, que contava até então com poucos fazendo o que muitos conseguiriam com maior facilidade.

Quem sabe agora isso se alastre e quiçá se torne rotina. É mais fácil que pensamos!


um antigo projeto, da época do curso técnico


A NOTÍCIA!

APA SANTA HELENA É APROVADA

Sete Lagoas passa a ter a Área de Proteção Ambiental da Serra de Santa Helena. A criação da APA foi aprovada nesta terça-feira, 13, pela Câmara Municipal. O texto original – enviado pelo prefeito Mário Márcio Campolina Paiva e pelo secretário municipal de Meio Ambiente Cláudio Ribeiro Figueiredo – foi parcialmente alterado por oito emendas, duas delas do próprio Executivo: uma, institui o Conselho Gestor da APA; outra, permite a existência de atividades de comércio e de serviços na Avenida Otávio Campelo Ribeiro ao longo de 200 metros a partir do trevo localizado nas proximidades do Shopping Sete Lagoas e da BR-040. Com essas emendas, o projeto de lei foi aprovado por unanimidade, diferente do que ocorreu com a maioria das emendas.A emenda mais polêmica foi a que reduz o loteamento mínimo de 1.000 m2 – como estava previsto no projeto de lei do executivo – na APA Santa Helena, para 500 m2, como propuseram os vereadores Caio Dutra (PMDB) e Euro Andrade Lanza (PP). ‘É incompreensível pensar em APA com loteamento mínimo de 500 m2. Novamente dou meu apoio ao grupo técnico que realizou os estudos (referindo-se a profissionais da Embrapa e da Emater) pois a redução para metade do tamanho do lote causará sérios danos como o dobro de adensamento, maior circulação de carros e pessoas, maior número de ligação de esgoto, etc.,” afirmou Dalton Andrade. Junto com o vereador petista, votaram contra a emenda os parlamentares Claudinei Dias (PT) e Renato Gomes (PV). O vereador Milton Saraiva (PP) se absteve de votar.Destaque também para a emenda do prefeito ao projeto de lei que institui o Conselho Gestor da APA. Será este órgãoo responsável pela administração de toda a área ambiental, com pouco mais de 5 milhões de m2. Na APA, haverátrês grandes zonas, de acordo com estudos técnicos ambientais: a Zona de Preservação da Vida Silvestre (832 mil m2), a Zona de Conservação da Vida Silvestre e do Patrimônio Histórico e Cultural (1 milhão e 733 mil m2) e a Zona de Uso Agropecuário (2 milhões e 323 mil m2). A lei deverá ser sancionada nos próximos dias. A votação do projeto foi acompanhada pelo secretário Cláudio Ribeiro.

Caio Pacheco (MTB 12.591/MG) http://www.daltonandrade.com/arquivo/1235

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Falácias (nossas) de cada dia.


'' Guarani Kaiowá é o c... Meu nome agora é Enéas p...'' (via Walter Navarro) 

Disponível em http://www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdColunaEdicao=20331, acesso 13/11/12 19h06min

     Bem assim é o título da matéria publicada no 'O TEMPO' onde o colunista Walter Navarro expõe a sua opinião (polêmica) e mostra que de índios e da importância deles ele não entende NADA! 
Mas, que das mídias de comunicação entende muito bem e soube definir claramente a onda que avança sobre os usuários. E que logo passa.
     Não concordo com essa técnica do comentarista de sair atacando, com comentários maliciosos e maldosos quem quer que seja, mas sim, ficou até chato ver como as pessoas que nem sequer sabem a localização da tribo Guarani Kaiowá no mapa do Brasil (e tem gente que nem sabe identificar tal mapa!) se 'pintar' de engajado, sem o menor conhecimento da causa. E o que é pior e até constrangedor é ver essa 'moda' passar e saber que o problema dos índios está piorando a cada dia mais.
     Porque o tempo em que o sobrenome esteve aderido, não é o suficiente para controlar a ferocidade econômica que se vai sobre os domínios indígenas  últimas fontes de riquezas; essas terras, que estamos 'descobrindo' (invadindo) até hoje.
     Sou mais que a favor da utilização das mídias para protesto e para a profusão da informação, mas acho que já podemos transpor esse patamar e alcançar a alcunha de protestos físicos, de novas formas de protestos (como: grupos de discussão e informação). Pois o ambiente virtual é tão amplo, quanto abstrato e nem todos tem acesso, e os que têm não tem consciência ou ciência da arma que tem em mãos.



via Facebook

     A imagem acima me levou a escrever esse post, pra tratar não somente de defender os índios, nem apenas atacar o escritor; na verdade ela retrata a superficialidade da informação e como já disse, em partes o autor tem razão, e não só porque é 'chato' como ele disse; e sim porque são superficiais, poucos que compartilham a imagem pararam para ler a tal matéria e menos ainda dos que não compartilharam.
     Infelizmente, nosso 'STATUS' ou nosso 'PERFIL' não conta muito quando se trata das tomadas de decisão sobre o que realmente importa. 
     Não adianta compartilhar a imagem criticando o colunista, sem sequer refletir sobre o que ele escreve. Precisamos sim, da atenção, do conhecimento, mas principalmente da AÇÃO. Essa sim faz a diferença e conta muito e principalmente pressiona aqueles que desacreditam na real força da população, toda mobilizada e por todas as causas.

   
 Sem entender que a superficialidade dele, reflete também a nossa. 
E sem se lembrar que no Brasil, índios somos TODOS NÓS!

sábado, 10 de novembro de 2012

Sobretudo

       Inevitável voltar a escrever.

       Muita coisa acontece, sem dar tempo de serem apreciadas por aqui. Talvez seja, a rotina que, atrelada, nós arrasta vida a fora.
       Tentando enumerar as coisas, muitos acontecimentos na cidade... tanta coisa. 
       Passou-se a eleição. Nada de comentar. O que agora, posso dizer é que todos vamos trabalhar e acompanhar para que as melhorias e o governo seja bom. Sou da ideia que depois da eleição, não existe mais partido, candidato de um e de outro, agora é todo mundo no mesmo barco correndo o risco de afundar, TODO MUNDO JUNTO!

       Mas passou.

       O ano passou também, praticamente. Muito crescimento, muita gente.
       Pensando em crescer, não posso deixar de dizer como a cidade se enche de cultura, opções boas e lindas. Literatura. Shows, Pubs, Artistas inacreditáveis, Festivais... um mundo lúdico, que cresceu comigo. Até pouco tempo atrás, não existiam tão boas opções, ou eu não as enxergava. Agora eu VEJO. Me jogo e  mergulho. Também sou parte, inevitavelmente dessa egrégora e elejo ressaltar o que me faz bem. A arte faz o bem pelo simples fato de existir. Ainda vamos caminhar para maior reconhecimento, de quem trabalha e maior ainda conhecimento, de que 'consome' a arte. 

       Conhecimento. Com ele também cresce entre nós; às vezes de forma desconexa. É quase impossível não beber da vasta fonte de informação que hoje, súpita de lado ao outro.
       
       A gente desconhece, até mesmo pela própria rotina, a vida farta e vasta que vivemos. A vida que também é rápida. E que está passando. 
       Tem gente que escolhe, sem perceber, a face ruim, reclamar e exaltar apenas o negativo. Sem se libertar. Se a liberdade de escrever ou de ver, até mesmo de saber que muita coisa é inevitável...

      Inevitável voltar a escrever!