O território do município Sete Lagoas está em uma área drenada pelas bacias hidrográficas do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba, dois dos mais importantes afluentes da margem direita do Rio São Francisco. Sete Lagoas é uma cidade de porte médio que tem um parque industrial considerado como importante polo industrial e comercial de Minas Gerais e com tendência de crescimento acelerado a curto prazo.
Desta forma fica evidente que a demanda pelo uso da água no município acompanhará esse ritmo de crescimento, porém devemos lembrar que dependemos única e exclusivamente da água subterrânea, pois não temos em nosso território recurso hídrico superficial com vazão suficiente para o abastecimento público. O desconhecimento da real disponibilidade hídrica deste nosso manancial subterrâneo, o risco iminente de contaminação desses mananciais e a suscetibilidade alta de um aquífero cárstico são os principais motivos para a realização desse estudo. No entanto, a questão da fragilidade do nosso solo é assunto para um geólogo, já que para continuar dependendo da água subterrânea é preciso conhecer bem o nosso subsolo, pois a ação do homem pode acelerar uma situação de risco que nem ao menos conhecemos. Pode, ao mesmo tempo, colaborar para um melhor planejamento e parcelamento do solo, assim esse Estudo Hidrogeológico é tão importante para o nosso abastecimento público quanto para um maior controle do crescimento urbano. Ou seja, ele interessa a todos nós, moradores da cidade, empresários, defensores do meio ambiente e legislativo e executivo municipais.
O objetivo principal é caracterizar o potencial hidrogeológico dos aquíferos municipais de forma tal que esta exploração de água seja econômica e ambientalmente sustentável. Teremos um mapeamento hidrogeológico do município facilitando informações confiáveis a empreendedores e administradores municipais, garantindo água de qualidade suficiente para todos.
O SAAE, por sua vez, necessita desse estudo por motivos óbvios, e um deles é a regularização de seus poços existentes perante o IGAM, órgão estadual responsável pela gestão das águas em Minas Tentou-se iniciar esse estudo hidrogeológico de várias formas, mas todas esbarraram na falta de recursos para implementação do mesmo. O SAAE agora avança com recursos próprios e terceiriza a execução do mesmo, por meio da empresa Servmar, ganhadora de processo licitatório.
Fonte: saaesetelagoas.com.br
MEU COMENTÁRIO: Todo cuidado com a água é pouco, então se há esta disposição para estudar e manter não só o fornecimento, como também a qualidade e a permanência deste recurso em Sete Lagoas tudo bem, é ótimo.
Mas há que se pensar muito também, é muito (muito mesmo) comum observar desperdícios pela cidade. Eu mesma, constatei (infelizmente não pude registrar) por 14 dias um vazamento de AFLUENTE (ÁGUA mesmo) no cruzamento das Avenidas José Sérvulo Soalheiro com Pref. Alberto Moura no Nova Cidade, estranhamente isso só ocorria durante a madrugada, por volta de 2:30h e durante o dia NÃO. Hoje no local já ouve a intervenção, até pq a região passa pela fase dos Estudo hidrogeológico e falta água para população, a mesma água que foi desperdiçada por tanto tempo, talvez. E não digam que ninguém viu esse desperdício, porque foi bem na "porta" do carnaval realizado neste bairro...
Enfim, vamos acompanhar de perto e ajudar esse trabalho, fundamental e esclarecedor. Tomara que também atraves desse estudo, percebam a importancia do tratamento dos EFLUENTES aqui gerados, e se trabalhe também a questão da educação ambiental, para acabarmos com cenas tão comuns por aqui, as "farras" de desperdício de água em lavagens de passeios e carros e etc.
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