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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dança da chuva


Então, o nosso desejo em forma de poesia Leminskiana. Que venha a chuva, que lave a alma cansada da Natureza e que também lave e leve todo "espírito de porco" que insiste, contra toda a lógica natural, em sua autodestruição. Afinal, destruir a Natureza é a simples forma de destruir o "ser humano" de fora pra dentro. Vem chuva!!!

Dança da chuva Paulo Leminski
Senhorita chuva
me concede a honra
desta contradança
e vamos sair
por esses campos
ao som desta chuva
que cai sobre o teclado parem
eu confesso
sou poeta cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face parem
eu confesso
sou poeta só meu amor é meu deus eu sou o seu profeta um dia
a gente ia ser Homero
a obra nada menos que uma ilíada
Depois
a barra pesando
dava pra ser aí um Rimbaud
um Ungaretti um Fernando Pessoa qualquer
um Lórca um Éluard um Ginsbergpor fim
acabamos o pequeno poeta de província
que sempre fomos
por trás de tantas máscaras
que o tempo tratou como a flores.



Fotos e blogs de pessoas que se importam e que salvam o pouco que resta. Que a chuva que vem ajude também a germinar as sementes que vocês espalham por aí..
Valeu Galera!


Um comentário:

  1. Valeu, gente!
    Vamos nos organizar para no próximo ano tenhamos mais e mais pessoas ajudando nesses momentos.
    Abração.

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